sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Alieksiei Karamazov

Existem momentos em que se coloca tudo em jogo, em que se pula no escuro, em que tudo que você é está nesse movimento. Sem meias palavras: "Ten decisions shape your life, you'll be aware of five about" -Eu sei que naquele momento eu coloquei tudo de mim, que aquele momento foi uma das decisões que moldam minha vida. Eu escolhi falar, eu escolhi colocar todas as minhas cartas na mesa, toda minha humanidade, não importa pra esse texto porque eu fiz isso. Como também não importa porque eu fui levado a isso.-

Eu sou uma pessoa falha por mais que eu queira ser a melhor pessoa do mundo. Eu magoo pessoas todos os dias. Eu não sou o melhor que eu poderia ser. E não é porque eu não estudo o suficiente pra ser um grande advogado, nem eu não respeito todas as normas que me são impostas, não é porque eu cometo os pequenos delitos do cotidiano. É porque eu falho nas coisas importantes. Sempre prometi pra mim mesmo que esse seria um espaço de sinceridade completa, assim como eu desejo que seja minha vida e meus relacionamentos e agora abro espaço para um aspecto do meu ser que eu sempre neglicenciei aqui, a minha espiritualidade.

Esse é um conceito muito caro para mim, toca no propósito da minha existência, pra que estar aqui? A resposta que primeiro me vem a cabeça é: Para amar e ser amado, porque isso é o que de mais belo pode se encontrar nesse planeta. E isso é suficiente por si. Acontece que a vida é mais do que o amor, o que é muito loko, afinal não seria o amor tudo? Uma espécie de entidade mística que abraço todo o mundo? Tudo que existiu, todo o mal, todo o bem, todas as pessoas? Esses pontos de interrogação me atormentam tanto quanto minhas falhas e talvez sejam-me tão valiosas quanto elas.

[...] A primeira resposta parece precisar de um complemento: Quem eu apresento ao mundo. E, chame do que quiser, deísta, espírita, cristão... Sigo um modelo que me apresenta como o mais próximo da perfeição que se pode vislumbrar, o caminho. Realmente não me importo com o que se chama, mas é a força motriz da minha vida, a busca por um ideal, um horizonte nas múltiplas existências. Senão, o que é isso? Live and let die? Carpe diem? E tudo se esvai, tudo se vai? Não é isso pouco pra almas tão profundas, seres capazes de amar? Um dia é o suficiente? Quantos passos precisamos dar para viver, um basta?

Esse é um texto naturalmente inconclusível. (.)