segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O Direito, três anos depois de conhecê-lo

Há alguns anos atrás eu ouvi a seguinte frase: "Eu nunca deixei de amar todas as pessoas que eu amei." Aquilo me chocou tão profundamente que eu nunca tirei essa frase da minha memória. Refletindo profundamente sobre ela hoje, eu percebi que eu passei a concordar integralmente com ela e eu nunca deixei de amar nenhuma das pessoas que eu amei. Não quero entrar no mérito de com o que as pessoas confundem o amor. Essa é só uma palavra, não expressa quase nada. Palavras são sempre tão pouco. Imagens, sons e toda nossa percepção limitada da vida são pouco.

Eu não sei porque eu escrevi isso. Acho que talvez porque eu tava pensando em como eu disse uma vez que eu era apaixonado por Direito e eu fiquei pensando na relação entre paixão e amor, aí eu lembrei da frase que é tão marcante pra mim. Não quero definir o amor, não faz sentido. O que eu queria escrever, sendo sincero, até porque não há razão pra não ser, é que eu não estou mais apaixonado pelo direito. Eu o vejo pelo que ele realmente é, um instrumento. Dentro do jogo de forças da sociedade, quem tem mais poder, tem mais poder dentro do direito. Eu ainda acredito nele como um instrumento de modificação da sociedade, pra melhor. Mais ele também é um instrumento de manutenção das coisas como elas estão hoje. E pode ser um instrumento de mudança pra pior. Somos tão voláteis...Como buscar um rumo pra vida?

Passei a buscar esse rumo dentro da doutrina espírita. Afora do "kardecismo". Pensa comigo, essa doutrina fala em contínua evolução, nasceu há 150 anos. Tá na hora de aceitarmos outras vertentes, não é mesmo? O espiritismo dos cinco livros de Kardec está ficando ultrapassado, essa é minha teoria. Mas voltando ao rumo. Eu fico nessa de dar rumo a minha vida, dar um sentido, ter uma missão. Por quê? O que estou buscando? O que eu quero pra mim? Quem eu sou?

Outra coisa que eu fico pensando. Se quando dormimos saímos de nosso corpo, quando a gente morrer, vamos lembrar dessas experiências? Porque se estamos "vivendo" enquanto dormimos e fazemos viagens intergaláticas, qual o sentido de viver se não pudermos, sei lá, reter, aplicar, passar essas experiências? Eu tenho muito mais curiosidade do que medo da morte. Porque ter medo de uma coisa certa? Muito pior é a incerteza (mas a hora da morte é incerta! O tempo é uma ilusão), a falta de coragem, o arrependimento.

Não quero dar uma conclusão, mas acho que acabei dando com essa parte. Ou não.

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