Eu gosto do silêncio. Do pouco que sobra ao fim da dança dos humanos, do fio invisível que liga todos os momentos a todo tempo, a quietude traz esse fio a ponto de estar quase perceptível. Existe a expectativa de viver, de amar, de sofrer, de sorrir. Ponhamo-nos a tentar então, cá estamos para intuir o momento que virá, somos máquinas de produzir o futuro. Criamos o que não existe mas sempre esteve lá. O tempo não existe, é uma invenção humana, com sua mania de estar como se a vida humana definisse algo no universo - talvez defina - As ações são parte de um ciclo que já está. No entanto, continuamos caminhando, escrevendo, roubando, produzindo, fazendo com que as lágrimas caiam, os sorrisos se mostrem (cotidianidades ou preciosidades?). A ignorância é nossa principal característica, portanto. Por mais virtuosos ou intrinsecamente malévolos que sejamos, estamos a mercê do que chamamos de acaso e o universo chama de condições pré-existentes. "O universo chama"...péssima construção...Ah, vou deixar.
Não existe o arbítrio do indivíduo, então? Existe o arbítrio livre, não consigo contestar isso, estou preso a gloriosa sensação de ser humano, um ignorante. Foge à minha percepção o que é o universo, por consequência. Mas tenho quase certeza que é pra lá que caminham as almas terrestres.´Lá é a razão cósmica que existe sei lá por qual razão. (Tem que ter uma razão?)
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