domingo, 2 de dezembro de 2012

Just kids around the scene

L'amour existe, est présent. Então, coloco um sorriso no rosto antes de discar, faço uma cara boba, uma piada sem graça, um gesto inesperado. Somos parte de uma coisa íntima, estamos aí para fazer um espetáculo particular, só completamente compreensível para dois. É só algo que sai de uma cabeça pra alcançar outra, que até por vezes não chega, afinal, é uma história baseada em fatos reais. Nesse tipo, o esquema clássico não se aplica, uma história absolutamente particular se constrói, cheia de defeitos horrivelmente humanos, virtudes inexplicavelmente divinas, erros graves, mudanças impossíveis. E o que mantém? Quero chamar de amor perfeito (um pleonasmo desculpável). Numa história de corda-bamba, de dualidades, de contrapontos, de todavias, emboras e contudos, o certo toma conta. Não há fim, o pra sempre é pra sempre mesmo meu querido Ben Harper, você aparentemente estava errado nesse singelo caso. Um beijo pra todos os meus queridos 1 leitora. Te amo.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Clareza

A verdade é que o que nos torna grandes é a imprevisibilidade. Não somos como nossos irmãos mamíferos, o instinto é forte em nós como neles, mas somos mais. Criamos maravilhas só abaixo das de Deus, até onde sabemos. Ou acreditamos. Somos capazes do inacreditável, do mágico. Só que isso está dentro de um contexto muito complexo, um (ou mais) universo de fatos e possibilidades. Para obter a essência do que nos torna algo tão sublime é preciso clareza. Isso é muito difícil, exige capacidade de se destacar do contexto que se está inserido para observar indiscriminadamente. É nessa arte que eu quero me tornar grande. Quero saber o que é importante de verdade para alcançar o que nos torna essencialmente humanos, o que nos enobrece. Thou shalt find the mighty through the path of men

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Desejo

O que peço pra minha faculdade e minha universidade é união. Temos diversos problemas, muitos mesmo. Mas o principal é a falta de unidade dos estudantes, o estudante médio da USP não se mobiliza como deveria para melhorar a sua universidade e sua sociedade. A grande massa dos estudantes não valoriza a grande força que teria sua mobilização organizada. A maioria dos estudantes não faz parte do movimento estudantil e os que fazem, confundem mil proposições, lutas vazias, debates desorganizados em algo que chama-se de politização. Não! O movimento estudantil não deve ser permeado por partidos políticos, ideias minoritárias, pautas sem apelo! Assim nunca vai englobar o estudante comum e sempre será um fenômeno periférico, marginal na universidade. O diretório central dos estudantes deve reunir milhares de estudantes e transbordar suas lutas para toda a sociedade. Os centros acadêmicos devem trazer a maioria de seus associados para assembleias e reuniões, regularmente e com organização.
Além disso, é preciso foco e simplicidade. Falta fazer uma grande pesquisa, bolar meia dúzia de frases que representem vontades da maioria dos estudantes e espalhar, trazer o assunto para os olhos do estudante comum, fazer com que ele se sinta parte do movimento estudantil e queira se engajar. Fazer com que o estudante seja visto de maneira positiva pela sociedade, como agente transformador, como defensor da democracia e principalmente como um corpo apartidário coeso!
A universidade deve assumir seu papel de vanguarda, deve abrir os olhos da sociedade para assuntos importantes. É preciso bom senso e senso político para unir e agir. Eu quero fazer parte de uma faculdade de direito unida pelos moradores do centro, unida por uma biblioteca que atenda a si e a população. Eu quero fazer parte de uma USP unida contra arbitrariedades, unida pela defesa do conceito de universidade como um lugar livre para ideias, com incentivo à pesquisa, uma universidade pública que seja para o povo. Eu quero fazer parte de uma universidade que exista para somar socialmente, culturalmente e academicamente. Uma universidade que exista por São Paulo e pelo Brasil.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Porque

Saber o porque é uma das minhas maiores obsessões. Porque fazemos o que o fazemos, porque somos como somos, porque não fazemos, porque é assim, porque não. Aí eu resolvi me perguntar porque terno e gravata. Por que? É uma tradição justificada por um dos maiores e mais ultrapassados moralismos da sociedade: Que sua aparência importa e pode ser usada como juízo de valor para você. E aí, algumas pessoas são obrigadas (pelo costume) a se vestir com roupas sociais pra poder estar de acordo com o "decoro exigido por suas respectivas profissões". Que idiotice! As pessoas são julgadas pela porra da sua aparência! Qual, QUAL, Q-U-A-L o problema de usar roupas "casuais" em um ambiente de trabalho?! Você vai ser menos inteligente? Você vai ser menos educado com as pessoas com as quais vai lidar? Você vai ser MENOS?
Em tudo na vida eu procuro ponderar pra tomar decisões equilibradas. E tenho refletido muito sobre esse assunto e, sinceramente, não vejo nada além de preconceito e moralismo nessa obrigatoriedade. Somos livres ou não somos, caralho?! Não há nenhuma lei que disponha sobre o assunto, só portarias, resoluções, etc. Veja bem, não é que eu seja contra o terno e gravata, acho muito bonito e coisa e tal, (tirando quando tá quente, que é de uma idiotice sem tamanho) mas ser obrigado a fazer algo que não beneficia ninguém, que se não fizer não vai prejudicar ninguém é totalmente sem sentido!

A seriedade quando necessária tem que vir de dentro. O que importa é quem somos, isso é tão básico que soa como um clichê dos maiores! A nossa aparência, o nosso corpo são meros instrumentos. Isso pra nem entrar no assunto da idiotice de ter que usar roupas o tempo todo. Ai, num pode mostrar o piu-piu, o peitinho e a periquita, é crime!!! Mas essa é pra outra hora...

Resumindo: Vista-se de qualquer jeito. Em qualquer situação. E se não quiser, não se vista.

Huuum, dando conselhos... Tá sabendo hein cara, quase um profeta. 32 minutos de bateria. Tenho mais uns rascunhos pra publicar ae lek, "Veja bem" hahahahaha Esse Victor do passado é muito bobão mesmo. Mas a ideia é boa. Pelados somos mais.

sábado, 1 de setembro de 2012

טוב

Eu não sou realista, eu idealizo situações com o melhor desfecho possível, com as palavras certas ditas nos momentos certos pras pessoas certas gerando os efeitos certos. Eu quero falar com todo mundo, cumprimentar todo mundo, fazer parte de todos os grupos, nunca deixar amigos para trás. Eu quero que tudo seja fácil, que os sorrisos apareçam sempre sinceros, que todos se deem bem. Eu queria que o Direito não fosse necessário, eu não queria sanções, prisões, coerção, força.  Eu queria que todos se interessassem por todos sempre, que todos fossem amigos de todos, que não existissem litígios, confrontos, disputas, brigas. Eu queria que todas as pessoas fossem pacíficas, respeitosas e gentis. Que meus sonhos fossem reais, sempre.
Somos bons, mas deixamos amigos para trás, o Direito é necessário, brigas são comuns, a guerra existe, o mal ainda que mascarado se faz presente. Acredito na paz, mas ela dificilmente aparece por dentro e infelizmente acredito que não exista de maneira pura nas relações humanas, ainda não.
No mais, a mesma bobagem hippie de sempre, menos pelo dinheiro, mais pelo amor.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Reflexões sobre o pindura

Existe um costume entre os estudantes de direito, o pindura. Ele surgiu há muitos anos quando donos de grandes restaurantes de São Paulo ofereciam refeições para os estudantes do Largo São Francisco. Eles faziam isso porque naquela época lá ficava o único curso de Direito da cidade e o primeiro do Brasil. Como o curso trazia grande prestígio pra São Paulo e os próprios estudantes eram quase sempre futuros clientes, os comerciantes angariavam futuros fregueses fiéis e era como que um agradecimento simbólico. Ainda mais no 11 de agosto, aniversário de fundação da faculdade, época em que eram oferecidas as refeições. Aí, os anos passaram. Outros cursos de Direito surgiram pela cidade e eles também passaram a participar. Aí, todo o sentido acabou se perdendo, começaram a abusar da gentileza e os donos de restaurantes pararam de oferecer as refeições. Essa é minha primeira crítica: Justifica-se o pindura pelo clamor à tradição, mas a tradição em si se esvaiu do significado inicial, então será que ainda faz sentido continuar fazendo? Outro ponto mais relevante: Eram os donos dos restaurantes que ofereciam as refeições, hoje não é mais assim. Os estudantes do largo e de mil e uma outras faculdades chegam nos restaurantes, comem e bebem (pra caralho, via de regra) e depois anunciam que não vão pagar. Uma coisa é valorizar as tradições na sua faculdade, com sua faculdade, na rua, na puta que pariu com a galera da faculdade ou com quem tá a fim de participar das tradições. Outra coisa é você entrar dentro de um lugar e tentar impor a sua tradição pra pessoas que não tão nem aí pra ela. O respeito tem que ser o cartão de visitas, no mínimo. Cada um faz o que quiser, mas não vem me falar que uma prática totalmente deturpada é tradição. Criemos novas tradições, valorizemo-nos, sempre com um sorriso no rosto, ainda que malicioso, mas sem impor nada pra ninguém.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Caderno

Eu aprendi que pensar diferente apaixona e exclui. Que a gentileza é rara. Que almas estão nos olhos. Que poucas coisas não são deturpáveis. Que tudo flui. Que eu sou apaixonado por Direito. Que eu acredito ser uma pessoa razoavelmente boa. Que eu amo a minha namorada. Que de fato, existem tipos de amor diferentes. Que a distância pode ser boa. Que a distância pode ser ruim. Que um banho quente, um tênis e um cobertor valem muito. Que cada passo meu define quem eu sou. Que música é algo mágico. Que somos animais, machos e fêmeas. Que o poder da religião é divino. Que eu quero paz. Que eu quero guerra, às vezes. Que o usufrutuário vitalício tem a posse. Que eu sou chato, às vezes. Que eu sou calmo. Que eu adoro andar de bicicleta em São Paulo. Que eu preciso aprender o valor do primeiro lugar. Que o mundo dentro de cada um é a coisa mais interessante dentro desse mundo. E fora também, certeza. Que ilusões tem fim, mas às vezes a morte bate na porta antes. Que alguns dos melhores, por algum motivo, vão antes. Que o amor não tem fim, desse a morte não ganha, nunca.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Muito o que melhorar ainda

Cada dia que passa eu me sinto obrigado a mudar de opinião. Cada dia eu me dispo de preconceitos e encontro uma visão mais justa, equilibrada, serena. Livrar-se de qualquer partido é impossível, mas averiguar com cuidado as palavras e sentimentos é absolutamente necessario. Prudente. Obrigado a todos que me tornam melhor a cada dia.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Out of control

Out of my own control, I'm walking forward, in peace, as always. I'm establishing solid fundations of character, of love, of life, but I have no idea of tomorrow, I've come to a point where I feel like things are going to be much faster from now on, life will blink and I'll be an old man with a sly smile. Many roads to go till that, so let's roll. Love it all

Tudo pode vir, tudo pode ir

Einstein. Lavoisier. O acaso entrega o presente, pode-se retê-lo, pode deixá-lo ir. Tornar-se-á passado, futuro. Não existe um caminho, são infinitas possibilidades, não dá pra saber onde as escolhas, conquistas ou derrotas vão levar, o vento leva. Desistir pode exigir coragem, tentar pode ser fraqueza. Escolhas, consequências, fatos, atos. À eternidade, só o amor.